Aula 17 (151-158) – Esta devoção conduz à união com Nosso Senhor
26 de setembro de 2024
|By Rafael Lura
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Em que consiste a perfeição cristã? Para São Luís Maria Grignion de Montfort é seguir o “caminho imaculado de Maria”. Em outras palavras, a perfeição cristã é tornar-se escravo de Maria, que é um caminho fácil, curto, perfeito para alcançar a perfeita união com Jesus Cristo. Eis o tema da presente aula.
Acesse agora online o texto do tratado: Tratado da Verdadeira Devoção
Meditações e orações do dia
“Ladainha do Espirito Santo”, “Ave, Estrela do mar”
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Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.
Divino Espírito Santo, ouvi-nos.
Espírito Paráclito, atendei-nos.
Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Espírito da verdade, tende piedade de nós.
Espírito da sabedoria, tende piedade de nós.
Espírito da inteligência, tende piedade de nós.
Espírito da fortaleza, tende piedade de nós.
Espírito da piedade, tende piedade de nós.
Espírito do bom conselho, tende piedade de nós.
Espírito da ciência, tende piedade de nós.
Espírito do santo temor, tende piedade de nós.
Espírito da caridade, tende piedade de nós.
Espírito da alegria, tende piedade de nós.
Espírito da paz, tende piedade de nós.
Espírito das virtudes, tende piedade de nós.
Espírito de toda graça, tende piedade de nós.
Espírito da adoção dos filhos de Deus, tende piedade de nós.
Purificador das nossas almas, tende piedade de nós.
Santificador e guia da Igreja Católica, tende piedade de nós.
Distribuidor dos dons celestes, tende piedade de nós.
Conhecedor dos pensamentos e das intenções do coração, tende piedade de nós.
Doçura dos que começam a Vos servir, tende piedade de nós.
Coroa dos perfeitos, tende piedade de nós.
Alegria dos Anjos, tende piedade de nós.
Luz dos Patriarcas, tende piedade de nós.
Inspiração dos Profetas, tende piedade de nós.
Palavra e sabedoria dos Apóstolos, tende piedade de nós.
Vitória dos Mártires, tende piedade de nós.
Ciência dos Confessores, tende piedade de nós.
Pureza das Virgens, tende piedade de nós.
Unção de todos os Santos, tende piedade de nós.
Sede-nos propício,
R. perdoai-nos, Senhor.
Sede-nos propício,
R. atendei-nos, Senhor.
De todo o pecado, livrai-nos, Senhor.
De todas as tentações e ciladas do demônio, livrai-nos, Senhor.
De toda presunção e desesperação, livrai-nos, Senhor.
Do ataque à verdade conhecida, livrai-nos, Senhor.
Da inveja da graça fraterna, livrai-nos, Senhor.
De toda obstinação e impenitência, livrai-nos, Senhor.
De toda negligência e torpor do espírito, livrai-nos, Senhor.
De toda impureza da mente e do corpo, livrai-nos, Senhor.
De todas as heresias e erros, livrai-nos, Senhor.
De todo mau espírito, livrai-nos, Senhor.
Da morte má e eterna, livrai-nos, Senhor.
Pela vossa eterna procedência do Pai e do Filho, livrai-nos, Senhor.
Pela milagrosa conceição do Filho de Deus, livrai-nos, Senhor.
Pela vossa descida sobre Jesus Cristo batizado, livrai-nos, Senhor.
Pela vossa santa aparição na transfiguração do Senhor, livrai-nos, Senhor.
Pela vossa vinda sobre os discípulos do Senhor, livrai-nos, Senhor.
No dia do juízo, livrai-nos, Senhor.
Ainda que pecadores, nós Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que nos perdoeis, nós Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que Vos digneis vivificar e santificar todos os membros da Igreja, nós Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que Vos digneis conceder-nos o dom da verdadeira piedade, devoção e oração, nós Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que Vos digneis inspirar-nos sinceros afetos de misericórdia e de caridade, nós Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que Vos digneis criar em nós um espírito novo e um coração puro, nós Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que Vos digneis conceder-nos verdadeira paz e tranquilidade do coração, nós Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que nos façais dignos e fortes para suportar as perseguições pelo amor à justiça, nós Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que Vos digneis confirmar-nos em vossa graça, nós Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que nos recebais no número dos vossos eleitos, nós Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que Vos digneis atender-nos, nós Vos rogamos, ouvi-nos.
Espírito de Deus, nós Vos rogamos, ouvi-nos.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
R. enviai-nos o Espírito Santo.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
R. mandai-nos o Espírito prometido do Pai.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
R. dai-nos o Espírito bom.
Espírito Santo, ouvi-nos.
Espírito Consolador, atendei-nos.
V. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado,
R. e renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações
dos vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo,
concedei-nos que no mesmo Espírito conheçamos o que é reto, e gozemos sempre as suas consolações.
Por Cristo, Nosso Senhor.
Amém.
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Ave do mar Estrela,
De Deus Mãe bela,
Sempre Virgem, da morada
Celeste feliz entrada.
Ó tu que ouviste da boca
Do anjo a saudação;
Dá-nos paz e quietação;
E o nome de Eva troca.
As prisões aos réus desata.
E a nós cegos alumia;
De tudo que nos maltrata
Nos livra, o bem nos granjeia.
Ostenta que és Mãe, fazendo
Que os rogos do povo seu
Ouça aquele que, nascendo
Por nós, quis ser Filho teu.
Ó Virgem especiosa,
Toda cheia de ternura,
Extintos nossos pecados,
Dá-nos pureza e brandura.
Dá-nos uma vida pura,
Põe-nos em via segura,
Para que a Jesus gozemos,
E sempre nos alegremos.
A Deus Pai veneremos,
A Jesus Cristo também,
E ao Espírito Santo, demos
Aos três um louvor.
Amém
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Para a aula de hoje leia os pontos do Tratado (151-158) clicando aqui. Ou no texto abaixo.
Artigo IV
Esta devoção é um meio excelente de promover a maior glória de Deus
151. Quarto motivo. Esta devoção fielmente praticada é um excelente meio para fazer com
que o valor de todas as nossas boas obras contribua para a maior glória de Deus. Quase
ninguém age com este nobre intuito, apesar de a isto estarmos obrigados, ou porque não
conhece em que consiste a maior glória de Deus, ou porque não a quer. Mas a Santíssima
Virgem, a quem conferimos o valor de nossas boas obras, sabe perfeitamente em que
consiste a maior glória de Deus, e nada faz que não contribua para este fim. Daí, um
perfeito servo dessa amável Soberana, que a ela se consagrou inteiramente, como dissemos,
pode dizer ousadamente que o valor de todas as suas ações, pensamentos e palavras, é
aproveitado para a maior glória de Deus, a não ser que revogue expressamente a intenção
de sua oferta. Pode-se encontrar algo de mais consolador para uma alma que ama a Deus
com um amor puro e desinteressado, e que preza mais a glória e os interesses de Deus, que
os seus próprios interesses?
Artigo V
Esta devoção conduz à união com Nosso Senhor
152. Quinto motivo. Esta devoção é um caminho fácil, curto, perfeito e seguro para chegar
à união com Nosso Senhor, e nisto consiste a perfeição do cristão.
§ I. Esta devoção é um caminho fácil.
É um caminho fácil; é um caminho que Jesus Cristo abriu quando veio a nós, e no qual não
há obstáculo que nos impeça de chegar a ele. Pode-se, é verdade, chegar a ele por outros
caminhos; mas encontram-se muito mais cruzes e mortes estranhas, e muito mais
empecilhos, que dificilmente se vencem. Será preciso passar por noites obscuras, por
combates e agonias terríveis, escalar montanhas escarpadas, pisando espinhos agudos,
atravessar desertos horríveis. Enquanto que pelo caminho de Maria passa-se com muito
mais doçura e tranqüilidade.
Aí se encontram, sem dúvida, rudes combates a travar, e dificuldades enormes para vencer.
Mas esta boa Mãe e Senhora está sempre tão próxima e presente a seus fiéis servos, para
alumiá-los em suas trevas, esclarecê-los em suas dúvidas, encorajá-los em seus receios,
sustê-los em seus combates e dificuldades, que, em verdade, este caminho virginal, para
chegar a Jesus Cristo é um caminho de rosas e de mel, em vista de outros caminhos. Houve
alguns santos, mas em pequeno número, como Santo Efrém, São João Damasceno, São
Bernardo, São Bernardino, São Boaventura, São Francisco de Sales, etc., que trilharam este
caminho ameno para ir a Jesus Cristo, porque o Espírito Santo, esposo fiel de Maria, o
indicou a eles por uma graça especial; os outros santos, porém, que são em muito maior
número, embora tenham tido devoção à Santíssima Virgem, não entraram, ou entraram
muito pouco, nesta via. E por isso tiveram de arrostar provas bem mais rudes e mais
perigosas.
* * *
153. A que atribuir, então, – dirá algum fiel servidor desta boa Mãe, – que seus servos
tenham de enfrentar tantas ocasiões de sofrer, e mais que os outros que não lhe são
devotos? Contradizem-nos, perseguem-nos, caluniam-nos, não os suportam; ou, então,
andam em trevas interiores, e em aridez de deserto onde não pinga nem uma gota de
orvalho celeste. Se esta devoção torna mais fácil o caminho que conduz a Jesus Cristo,
donde vem que eles são tão desprezados?
154. Respondo-lhes que é bem verdade que os mais fiéis servos da Santíssima Virgem,
porque são os seus grandes favoritos, recebem dela as maiores graças e favores do céu, isto
é, as cruzes; mas sustento que são também os servidores de Maria que levam estas cruzes
com mais facilidades, mérito e glória; e mais que, onde outro qualquer pararia mil vezes e
até cairia, eles não se detêm e, ao contrário, avançam sempre, porque esta boa Mãe, cheia
de graça e unção do Espírito Santo, adoça todas as cruzes que para eles talha, no mel de sua
doçura maternal e na unção do puro amor; deste modo, eles as suportam alegremente, como
nozes confeitadas, que, de natureza, são amargas. E creio que uma pessoa que quer ser
devota e viver piedosamente em Jesus Cristo, e, por conseguinte, sofrer perseguições e
carregar todos os dias sua cruz, não carregará nunca grandes cruzes, ou não as carregará
alegremente até ao fim, sem uma terna devoção à Santíssima Virgem, que torna doces as
cruzes; do mesmo modo que uma pessoa não poderia, sem uma grande violência,
impossível de manter indefinidamente, comer nozes verdes que não fossem saturadas de
açúcar.
§ II. Esta devoção é um caminho curto.
155. Esta devoção à Santíssima Virgem é um caminho curto, para encontrar Jesus Cristo,
seja porque dele não nos extraviamos, seja porque, como acabo de dizer, nele marchamos
com mais alegria e facilidade, e, conseqüentemente, com mais prontidão. Avançamos mais,
em pouco tempo de submissão e dependência a Maria, do que em anos inteiros de vontade
própria e contando apenas com o próprio esforço; pois o homem obediente e submisso a
Maria Santíssima cantará vitórias (Prov. 21, 28) assinaladas sobre seus inimigos. Estes hão
de querer impedi-lo de avançar, ou obrigá-lo a recuar, ou derrubá-lo; mas, apoiado,
auxiliado e guiado por Maria, ele, sem cair, sem recuar, sem mesmo atrasar-se, avançará a
passos de gigante em direção a Jesus Cristo, pelo mesmo caminho, que, como está escrito
(Sl 18, 6), Jesus trilhou para vir a nós em largos passos e em pouco tempo.
156. Por que viveu Jesus Cristo tão pouco sobre a terra, e por que esses poucos anos que
aqui viveu passou-os quase todos em submissão e obediência a sua Mãe? Ah! é que, tendo
vivido pouco, encheu a carreira de uma longa vida (Sb 4, 13); viveu longamente e mais do
que Adão, do qual veio reparar as perdas, embora este tenha vivido mais de novecentos
anos; e Jesus Cristo viveu longamente, porque viveu bem submisso e bem unido a sua Mãe
Santíssima, para obedecer a Deus seu Pai; pois: 1º aquele que honra sua mãe assemelha-se
a um homem que entesoura, diz o Espírito Santo, isto é, aquele que honra a Maria, sua Mãe,
ao ponto de submeter-se a ela e obedecer-lhe em tudo, em breve se tornará rico, pois
acumula tesouros todos os dias, pelo segredo desta pedra filosofal: “Qui honorat matrem,
quasi qui thesaurizat” (Ecli 3, 5); 2º porque, conforme uma interpretação espiritual da
palavra do Espírito Santo: “Senectus mea in misericordia uberi, - Minha velhice se encontra
na misericórdia do seio” (Sl 91, 11), é no seio de Maria, que “envolveu e gerou um homem
perfeito” (cf. Jer 31, 22), e que “teve a capacidade de conter aquele que o universo todo não
compreende nem contém”, é no seio de Maria que os jovens envelhecem em luz, em
santidade, em experiência e em sabedoria, e onde, em poucos anos, se atinge a plenitude da
idade de Jesus Cristo.
§ III. Esta devoção é um caminho perfeito.
157. Esta prática de devoção à Santíssima Virgem é um caminho perfeito para ir e unir-se a
Jesus Cristo, pois Maria é a mais perfeita e a mais santa das criaturas, e Jesus Cristo, que
veio perfeitamente a nós, não tomou outro caminho em sua grande e admirável viagem. O
Altíssimo, o Incompreensível, o Inacessível, aquele que é, quis vir a nós, pequenos vermes
da terra, que nada somos. Como se fez isto? O Altíssimo desceu perfeita e divinamente até
nós por meio da humilde Maria, sem nada perder de sua divindade e santidade; e é por
Maria que os pequeninos devem subir perfeita e divinamente ao Altíssimo sem recear coisa
alguma. O Incompreensível deixou-se compreender e conter perfeitamente por Maria, sem
nada perder de sua imensidade; é também pela pequena Maria que devemos deixar-nos
conduzir e conter perfeitamente sem a menor reserva. O Inacessível aproximou-se, uniu-se
estreitamente, perfeitamente e até pessoalmente à nossa humanidade por meio de Maria,
sem perder uma parcela de sua majestade; é também por Maria que devemos aproximar-nos
de Deus e unir-nos a sua majestade, perfeita e estreitamente, sem temor de repulsa. Aquele
que é quis, enfim, vir ao que não é, e fazer que aquele que não é se torne Deus ou aquele
que é. E ele o fez perfeitamente, dando-se e submetendo-se inteiramente à Virgem Maria
sem deixar de ser no tempo aquele que é na eternidade; outrossim, é por Maria que, se bem
que sejamos nada, podemos tornar-nos semelhantes a Deus, pela graça e pela glória, dandonos
a ela tão perfeita e inteiramente, que nada sejamos em nós mesmos e tudo nela, sem
receio de enganar-nos.
158. Ainda que me apresentem um caminho novo para ir a Jesus Cristo, e que esse caminho
seja pavimentado com todos os merecimentos dos bem-aventurados, ornados de todas as
suas virtudes heróicas, iluminado e decorado de todas as luzes e belezas dos anjos, e que
todos os anjos e santos lá estejam para conduzir, defender e amparar aqueles e aquelas que
o quiserem palmilhar; em verdade, em verdade, digo ousadamente, e digo a verdade, eu
havia de preferir a este, tão perfeito, o caminho imaculado de Maria: “Posui immaculatam
viam meam” (Sl 18, 33), via ou caminho sem a menor nódoa ou mancha, sem pecado
original ou atual, sem sombras nem trevas; e quando meu amável Jesus vier, em sua glória,
uma segunda vez à terra (como é certo) para aqui reinar, o caminho que escolherá será
Maria Santíssima, o mesmo pelo qual ele veio com segurança e perfeitamente a primeira
vez. A diferença entre a primeira e a última vinda é que a primeira foi secreta e oculta, e a
segunda será gloriosa e retumbante; ambas, porém, são perfeitas, porque, como a primeira,
também a segunda será por Maria. Eis um mistério que não podemos compreender: “Hic
taceat omnis lingua”.
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Material Curso
> Tratado da Verdadeira Devoção
> Oração Abrasada
> Exame de consciência
> Diploma da Consagração
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