História Sagrada 7 – Dos juízes aos monarcas

Na presente etapa, estudaremos fatos dos seguintes livros históricos do Antigo Testamento: Juízes, Rute, Samuel 1 e 2, Crônicas 1. Com a figura de Sansão encerramos a epopeia dos juízes maiores do reino de Israel. Tomaremos contato com a virtuosa moabita Rute, personagem que comprova belamente a máxima evangélica do Divino Redentor: “Quem se humilha será exaltado” (Lc 14, 11). Samuel, filho do milagre (…)

Durante 40 anos os israelitas sofreram sob o jugo dos terríveis filisteus. Para libertar o povo eleito dessa opressão, Deus escolheu um novo juiz: Sansão, homem débil pelo peso do pecado original, que ao ser tomado pelo “Espírito do Senhor”, demonstrou força sobre-humana e realizou façanhas incríveis.

As aventuras e lutas de Sansão terminam de forma grandiosa com um lance épico contra os filisteus. A humildade, mansidão e caridade de Rute, a jovem moabita, a fazem alcançar um alto patamar de magnificência. “Quem se humilha, será exaltado” (Lc 14,11).

Filho das orações de sua mãe, Ana, o profeta Samuel, ainda em tenra idade, foi chamado por Deus a ser o último juiz do povo da aliança. Sua vida de obediência e fidelidade ao chamado divino contrasta com a dos péssimos sacerdotes Ofni e Finéias.

Os descendentes de Abraão, querendo ser como todos os demais povos, não desejam ser mais governados por juízes. Abandonando o regime teocrático, optam pela monarquia recebendo como rei a Saul, da tribo de Benjamim.

Apesar do grande chamado de Saul, sua falta de humildade e desobediência o levaram à prática dos piores desatinos. Por sua infidelidade ele perderá a realeza e será rejeitado por Deus, que escolherá um rei “segundo o seu coração”.

Davi, alma inocente e admirativa, é tirado do cuidado das ovelhas para a proeza de vencer o gigante Golias e pastorear o povo de Israel. Escolhido por Deus para substituir Saul como rei dos israelitas, contudo, não se deixa levar pela ambição e procura servir ao “ungido do Senhor”. Merece destaque a amizade exemplar entre Jônatas e Davi.

O rei Saul, cheio de orgulho e apego pela coroa, não aceita os desígnios do Senhor e levado por inveja procura matar Davi. Nas incertezas do exílio, em meio ao sofrimento de ser perseguido pelo monarca que tanto ama, o filho de Jessé mostra toda a magnanimidade e ausência de rancor de sua nobre alma.

“Talis vita finis ita”; “Tal vida, tal fim”. Os últimos dias de Saul e sua trágica morte bem mostram como termina a existência daqueles que desobedecem e revoltam-se contra os desígnios do Criador. Davi chora a morte de seu rei, que tanto o perseguira, e em meio a lutas e aventuras começa o seu reinado.