Purgatório: maior sofrimento ou maior caridade?

21 de outubro de 2020
|By Padre Felipe de Azevedo Ramos, EP

Síntese do Curso

Partindo da premissa que o purgatório precisa de um “purgatório”, o presente curso pretende debater e analisar a doutrina sobre o purgatório do ponto de vista histórico, filosófico e teológico, com uma boa dose de apologética. De um lado, rebatendo as críticas em relação à existência e à natureza do purgatório e, de outro, colocando o devido realce sobre este dogma de fé. 

Na realidade, a teologia do purgatório contém uma síntese de muitas outras doutrinas acolhidas pela Igreja Católica, como a questão dos novíssimos, a justificação, a necessidade da santificação, a satisfação, a penitência e o próprio papel da Virgem Maria na obra da salvação.

Por fim, retorna-se à questão central: As almas do purgatório padecem do maior sofrimento ou da maior caridade? Ou os dois? O certo é que elas necessitam de nossas orações. E isso tem mais repercussão do que imaginamos… 

Padre Felipe de Azevedo Ramos, EP

Formado em Teologia e Doutor em Filosofia pela Pontificia Università San Tommaso d’Aquino (Angelicum-Roma). Sua tese de doutorado obteve nota máxima e o reconhecimento de dois prêmios internacionais. Possui também pós-gradução em Estudos Medievais com o Diplôme Européen d’Études Médiévales (DEEM-FIDEM). É editor da revista Lumen Veritatis, tradutor e professor no Instituto Filosófico Aristotélico-Tomista. Publicou mais de uma centena de textos em revistas no Brasil e no exterior.

Aulas do curso

I. Introdução: o purgatório precisa de um “purgatório”

As críticas em torno à doutrina do purgatório têm algum fundamento? O que os católicos entendem propriamente como “purgatório”? É possível evitar o purgatório? Por fim, são levantadas principais questões do debate.
II. Purgatório: Novíssimos e finalidade do homem

A Bíblia convida a meditarmos sobre os novíssimos para a nossa salvação. Por quê isso? E qual a relação com o purgatório? Conhecendo a finalidade do homem, descobrimos que nossas ações possuem repercussão não somente nesta vida, mas também na vindoura.
III. Por que a purificação? Todos os justos passarão pelo purgatório?

Através da noção de penitência e da satisfação, introduz-se o tema da essência e da necessidade da purificação dos pecados. Se todo pecado necessita reparação, pergunta-se ainda se todos os justos passarão pelo purgatório.
IV. O purgatório demonizado: os opositores do purgatório

Como inexiste a palavra “purgatório” na Bíblia e nos autores dos primeiros tempos da Igreja, é possível afirmar que o purgatório teria sido uma invenção medieval? Quais foram os argumentos dos protoprotestantes e dos protestantes para objetar a doutrina do purgatório?

V. O purgatório está mesmo na Bíblia?

Existiria uma “lógica” na existência do purgatório a partir da leitura das Sagradas Escrituras? O Segundo Livro dos Macabeus prova mesmo a existência do purgatório? Jesus falou alguma vez sobre o purgatório? Se não, por quê?

VI. A tradição, os Padres da Igreja e Teologia purificam a doutrina

A tradição judaica de orar pelos defuntos foi também prática comum entre os cristãos desde os primeiros tempos. Qual a sua relação com a doutrina do purgatório? O que a teologia e os santos comentam acerca da conveniência do purgatório? Quais as razões teológicas para a existência do purgatório?
VII. Pena de dano e pena dos sentidos

A teologia distingue no purgatório dois tipos de pena: a de dano (pela privação da visão beatífica) e a dos sentidos (através da purgação pelo fogo). Onde há maior dor e por quê? O fogo é mesmo real? Qual é a sua essência?
VIII. À procura do lugar e do tempo do purgatório

Existe um recente debate que indaga se de fato o purgatório é um lugar ou apenas uma condição penal. Qual é a opinião da Igreja a respeito? Ouve-se muito falar sobre as longas durações de tempo no purgatório. Faz algum sentido? Ou existe um tempo diverso do nosso?
IX. Maior caridade de Deus ou dos homens? Papel de Maria Santíssima

O curso completa a sua trajetória se perguntando sobre a caridade no purgatório. Seria a maior possível? De Deus em relação às almas do purgatório ou de nós em relação a elas? E o sofrimento? A iconografia sempre representou Nossa Senhora resgatando as almas do purgatório: por quê?

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